
E eis que pela sexta vez me vejo na terra do dito tio - este que não sendo genuinamente meu, é de toda a gente, e assim, generalizo o termo, e torno ainda mais popular este laço familiar -visitei o nosso Tio Sam.
Neste estado a dimensão habitualmente exagerada das coisas ganha porporções épicas. A caminho da estância de destino atravessamos o "ten mile valley". Rodeado por monstros de pedra que se erguem de tal forma vertical, que nos dão a sensação de serem coisas vivas. Escarpas de rocha onde as árvores teimaram em crescer, e onde os mais aventureiros teimaram escavar. Avistam-se minas antigas, abandonadas e dispersas, como de fantasmas a quem já ninguém liga ou de quem ninguém foge.
Outrora a terra onde a febre do ouro atacou violentamente uma sociedade sedenta de riqueza e cega pela promessa de uma fortuna fácil, eis-me no estado do Colorado. Reinam as estradas largas, as auto-estradas de 3 e 4 vias, que se separam da faixa de rodagem contrária por largos metros de declive topográfico, por rochas, por pequenos aglomerados de árvores, e por insólitas escarpas de pedra. Muito tráfego, e junto a este rio de gasolina e cheiro a borracha, acompanham-nos sempre pequenos aglomerados de casas que nos deixam sonhar com o velho oeste, onde a construção de uma mina criava condições à existência de um pequeno bar, de um grupo de casas, e de uma estrada de terra por onde passavam os cavalos e as carroças com abastecimentos para os mineiros. Vejo ao longe um velho carril que espreita por uma escarpa, inacabado, como se o seu suicídio tivesse sido congelado pelo tempo. Três carruagens ferrugentas e muito velhas agrupadas à entrada da velha mina parecem manter entre si uma conversa sobre os bons velhos tempos, em que elas eram úteis e bem tratadas, oleadas e encarregues de trazer para o exterior os detritos de onde seria depois retirado o valioso minério.
Estamos mais uma vez num país moderno, que guarda as imagens da sua história recente, e que não tem medo de as usar.
Já na estância de Copper Mountain vemos um moderno e bem organizado complexo que faz as delícias dos amantes da neve durante os invernos, e que, com os seus quase 4000 metros de altura, deixa agora no relativo calor do verão, que os amantes do ciclismo de montanha se atrevam a descer violentamente os trilhos esculpidos pelas encostas desta colosal montanha.
Outrora a terra onde a febre do ouro atacou violentamente uma sociedade sedenta de riqueza e cega pela promessa de uma fortuna fácil, eis-me no estado do Colorado. Reinam as estradas largas, as auto-estradas de 3 e 4 vias, que se separam da faixa de rodagem contrária por largos metros de declive topográfico, por rochas, por pequenos aglomerados de árvores, e por insólitas escarpas de pedra. Muito tráfego, e junto a este rio de gasolina e cheiro a borracha, acompanham-nos sempre pequenos aglomerados de casas que nos deixam sonhar com o velho oeste, onde a construção de uma mina criava condições à existência de um pequeno bar, de um grupo de casas, e de uma estrada de terra por onde passavam os cavalos e as carroças com abastecimentos para os mineiros. Vejo ao longe um velho carril que espreita por uma escarpa, inacabado, como se o seu suicídio tivesse sido congelado pelo tempo. Três carruagens ferrugentas e muito velhas agrupadas à entrada da velha mina parecem manter entre si uma conversa sobre os bons velhos tempos, em que elas eram úteis e bem tratadas, oleadas e encarregues de trazer para o exterior os detritos de onde seria depois retirado o valioso minério.
Estamos mais uma vez num país moderno, que guarda as imagens da sua história recente, e que não tem medo de as usar.
Já na estância de Copper Mountain vemos um moderno e bem organizado complexo que faz as delícias dos amantes da neve durante os invernos, e que, com os seus quase 4000 metros de altura, deixa agora no relativo calor do verão, que os amantes do ciclismo de montanha se atrevam a descer violentamente os trilhos esculpidos pelas encostas desta colosal montanha.
